A decoração de interiores que se faz a norte!

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
homify 廚房
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No Norte? Fazem-se muitas coisas boas, pois claro. Vinho do Porto e comida, por exemplo. Mas, neste caso, vamos “assaltar” dez divisões de dez casas desta região nortenha todas muito distintas, todas com muito bom gosto.

O Porto é a cidade que dizem sombria, mas que se faz de tanta luz. É a cidade da tradição escondida em cada canto e que se reflecte nestes interiores que seleccionamos para lhe mostrar nos quais houve a preocupação de manter aquilo que é tão nosso, tão português, tão “portoês”. 

Na homify, somos pela preservação dos edifícios, pela sua depuração estética, pela sensatez em encontrar uma forma de juntar o passado e a funcionalidade do presente. Entre edifícios novos e modernos e outros plenos desse saudosismo, compusemos este artigo com dez recortes nortenhos de pura elegância.

Ora percorra as imagens e diga lá se lhe estamos a mentir.

Tons ervilha no Monte da Ervilha

sala de estar da imagem integra um apartamento no Monte da Ervilha, no Porto. Não sabemos se o nome do local influenciou a decoração, mas sabemos que as tonalidades verde ervilha sobressaem esta sala quer na peça maior – o sofá -, quer em apontamentos decorativos como é o caso da bandeja ou das almofadas. Nesta sala, apercebemo-nos de alguns laivos de inspiração tropical não só por via desta cor, como também pela tela que ocupa um espaço generoso da parede, das plantas e dos padrões em cores quentes que surgem nos objectos. Tudo com peso e medida não beneficiassem estas peças de um pano de fundo sóbrio em bege e de uma mistura cuidadosa com móveis modernos, brancos e simples. O grande candeeiro anguloso debruça-se sobre a zona de estar e é, sem dúvida, mais um elemento que salta à vista e que constitui uma referência na sala decorada pela designer de interiores Susana Camelo.

Singelo e moderno

Uma zona de estar e de jantar abrigadas sob o mesmo tecto e decoradas pelo atelier Ricardo Rodrigues – Rio Designer

A atmosfera moderna é facilmente detectável quer na paleta cromática que se divide entre o branco, o cinza e o preto, quer pelas superfícies espelhadas e elegantes dos objectos decorativos como os que decoram o aparador de apoio à zona de refeições ou do candeeiro de pé que o ladeia. As cortinas embutidas beneficiam de um rebaixamento do tecto que permite colocar um friso e dão a percepção de altura e amplitude ao espaço. Às cores mais vibrantes, encontramo-las apenas nas almofadas do sofá.

As peças da Luísa Peixoto

Uma lareira destas que não deixa ninguém indiferente pede a existência de poltronas e mesas de apoio que componham um recanto de lazer e de leitura. As mesas são particularmente interessantes. A sua constituição tipo grelha faz delas peças de design que se adequam na perfeição a uma estética moderna e minimalista e a um espaço pequeno onde importa ter mobiliário leve. 

Gosta delas? Acha que assentavam como uma luva ao seu espaço? Então, tem que conhecer o trabalho da designer Luísa Peixoto. Um aviso: é difícil escolher só uma criação.

A frescura cítrica do amarelo

O amarelo e o cinzento são cores que, aliadas, formam o conjunto perfeito. Se uma é mais fria e taciturna, a outra, a lembrar citrinos, é sinónimo de frescura e energia. Complementam-se, assim, em pleno e criam ambientes como o que vemos na imagem de uma sala de estar de um andar modelo, em Gaia, decorado pelo gabinete Filipa Cunha Interiores. A configuração da sala segue um modelo tradicional, mas cada elemento tem a sua beleza própria e significado no espaço. A mesa de centro divide-se em quatro blocos, as poltronas têm um encosto com um padrão a contrastar com o tecido liso do assento, os seis quadros na parede formam uma imagem e, claro está, não podiam faltar as coloridas otomanas que servem como assento ou confortável repousa pés.

Aproveitar espaços pequenos

Muito branco, boa entrada de luz natural e aproveitamento engenhoso de um espaço pequeno. É isso que nos chama logo a atenção nesta imagem de uma sala de estar de um T3 em Massarelos  decorado pela Moopi – Arch + Interiores. A colocação do espelho a ladear a mesa de jantar duplica o espaço e empresta-nos uma percepção de maior amplitude. A mesa em madeira, mais tradicional, é complementada por cadeiras brancas de design, mais modernas e joviais.

Uma classe!

Da Foz chegou-nos esta residência pelos arquitectos de interiores da Casa Comigo – Jorge Cassio Dantas Ltda. A linguagem luxuosa desta sala é evidente. As madeiras escuras com acabamentos brilhantes fazem reflectir as peças em prata e os arranjos de flores, o preto e o cinza escuro nos quadros e nos sofás e a sobriedade da paleta cromática deixam-nos a saber que este é um apartamento com “maturidade” onde prevalece uma estética clássica, mas, ao mesmo tempo, moderna e funcional.

Desníveis

Nós por cá, adoramos pormenores arquitectónicos inusitados e os desníveis fazem parte deles. Para além de conferirem interesse e carácter às casas, são ainda uma forma muito útil no que ao aproveitamento delas diz respeito. Veja-se o exemplo da imagem onde a sala de jantar se encontra num patamar mais elevado beneficiando da proximidade em relação à cozinha e a sala de estar num patamar inferior, mais recôndito e aconchegado como uma sala de convívio e de lazer deve ser. Os pontos de luz, estrategicamente colocados, são importantes para a criação de um ambiente intimista nestes espaços. São eles que difundem uma luz quente e alaranjada muito acolhedora. Uma imagem do atelier Manuel Correia Fernandes – Arquitecto e Associados.

Reabilitar sem esquecer as raízes

Das salas passamos aos quartos. O da imagem integra um edifício que foi parcialmente intervencionado e no qual houve a preocupação de manter as características típicas, somando-lhes as condições que satisfazem os padrões contemporâneos de habitabilidade. O imóvel está situado numa zona de interesses urbanístico e arquitectónico pelo que era impreterível que as obras fossem feitas sensatamente, aproveitando e respeitando os elementos estruturais e os métodos construtivos já existentes. 

A decoração vai ao encontro das características da casa, mais rústicas, e de uma estética mais boémia – ou shabby chic – visível na escolha dos têxteis ou na mistura ecléctica entre os candeeiros suspensos e o candeeiro da mesinha de cabeceira. A cabeceira da cama está virada para a janela pelo que o aproveitamento da entrada de luz natural se faz em pleno. Afinal de contas, não se pode viver no Porto sem lhe tomarmos de empréstimo a luz tão única que o ilumina.

Um projecto do atelier Miguel Lima Amorim – Arquitecto.

A cozinha da Casa da Lavra

House in Lavra, Matosinhos homify 廚房

Da Foz até Matosinhos, desta para conhecer a Casa da Lavra, uma habitação que remonta ao início do século XX e que evidencia todos os traços das casas das zonas rurais costeiras do litoral norte. Este edifício já tinha sofrido intervenções prévias que acabaram por descaracterizá-lo pelo que a intenção era depurar, novamente, a sua expressão original.

Na imagem, vemos a cozinha revestida a mármore e com móveis brancos lacados de superfícies lisas e pouco intrusivas que tornam o espaço muito minimalista e, em termos práticos, fácil de limpar o que é sempre importante na divisão em causa. A cozinha beneficia de uma boa entrada de luz natural por via da janela que se rasga em comprimento, mas tem, ainda assim, luzes artificiais indirectas embutidas sobre a linha dos armário e no tecto. A cozinha deve estar sempre bem iluminada para que a sua utilização se faça sem constrangimentos.

Um projecto da ASVS Arquitectos Associados.

Um escritório cheio de luz!

Acabamos com um escritório. E que escritório! A sua estética profundamente minimalista limpa-nos a mente e convida-nos a concentrar e a trabalhar. A entrada de luz natural é sublime, o espaço é muito bem iluminado e arejado o que é sempre importante para que não nos sintamos oprimidos e claustrofóbicos enquanto estamos a trabalhar. A secretária divide-se por uma fileira de gavetas que separa duas zonas de trabalho distintas, ideal para um casal ou para duas pessoas que tenham que partilhar o escritório. Como a assoalhada é estreita, a zona de arrumação aparece suspensa, deixando espaço livre no chão.

Uma proposta do gabinete Cláudio Vilarinho – Arquitectura e Design Lda.

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