Uma casa de cobogó iluminada!

Gustavo de Campos Gustavo de Campos
Cobogó House, Studio MK27 Studio MK27 現代房屋設計點子、靈感 & 圖片
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Nascido do pensamento de três engenheiros (um português, um alemão e um brasileiro) no Recife da década de 1920, o cobogó assim foi batizado ao unir as primeiras sílabas do sobrenome de seus criadores. A inspiração veio dos muxarabis de origem moura. Perfeito para climas quentes, o cobogó ali a necessidade da vedação com a exigência da renovação do ar e controle da temperatura feito de maneira passiva, sem a ajuda de máquinas ou aparelhos que demandem energia. São elementos muito usados na arquitetura prosaica das décadas de 50 e 60 do ano passado. Mas eis que a encontramos em uma casa de alto padrão em pleno século XXI. E presente de tal maneira que a casa foi batizada pelos seus projetistas com o nome do elemento que lhe é tão caro.

O Studio MK27, liderado pelo arquiteto Márcio Kogan, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, em São Paulo, tem um estilo muito particular de projetar. A maioria dos edifícios que saem das pranchetas do escritório são casas, as quais possuem uma forte disposição horizontal e inerente ímpeto de unir os espaços internos e externos. Nesta casa, a Casa Cobogó, eles fazem forte uso do elemento que dá nome à casa sem perder as características tão marcantes de sua arquitetura, resultando num maravilhoso exemplar de como unir o tradicional ao design inovador que o escritório traz desde sua fundação.

Horizontalidade de ponta a ponta

Logo em frente a esta fachada um pequeno lago divide a atenção dos que se sentam à sala aberta. Apesar da casa estar integrada à malha urbana, a justaposição de tantos elementos ao ar livre e a integração dos espaços internos aos externos, somada ainda ao isolamento dado pelos muros do entorno, fazem com o clima seja de uma casa no campo. 

As diferentes texturas usadas na fachada ainda fazem com que a horizontalidade seja ressaltada e se estenda visual e fisicamente de uma ponta a outra do terreno.

A fachada que libera espaço

A fachada da casa, apesar de linda, é uma desculpa para abrir espaço sob o grande volume que vai de ponta a ponta no terreno. É como se o bloco desse licença para a passagem dos moradores entre a frente os fundos do lugar e, ao mesmo tempo, esse vão fosse usado para integrar ou mesmo fazer com que inexista a diferenciação entre dentro e fora, entre espaço interno e espaço externo. A ventilação cruzada ajuda a manter a casa confortável e arejada, enquanto a luz tem liberdade para se incorporar a própria arquitetura. 

Cobogós lindos por fora…

O cobogó aparece na imagem acima como uma verdadeira obra de arte. Na verdade ela é mais isso do que de fato um cobogó. Foi desenhada pelo artista austro-estadunidense Erwin Haur, conhecido mundialmente por projetar esculturas e outras estruturas para obras de arquitetura. Esta foi desenhada especialmente para a Casa Cobogó. As linhas curvas contrastam com as linhas retas do lugar, mas podem ser vista em detalhes apenas se aproximando, deixando que de longe um efeito quase embaçado seja visto e cause curiosidade.

… e mágicos por dentro!

Entretanto, mais belo que o efeito externo dessas peças maravilhosas é o efeito que temos em seu interior. Em um dia ensolarado o efeito chega a ser surreal e uma serie de sombras e luzes, tanto nas peças de vedação quanto no chão, se sucedem em uma cascata de variações cromáticas que leva o olho a passear por todo o ambiente se ao menos ter um minuto de descanso, tudo com a sutileza e delicadeza de um artista e de um arquiteto que sabe o lugar de sua obra sob o céu.

A luz que se dilui e se derrama nos tapetes

Se no cobogós superiores a luz se derramava e tornava o ambiente um lugar quase psicodélico, quase um show de luzes, na sala de estar do pavimento térreo, quando as persianas vazadas estão fechadas, a luz entra quase que fragmentada e inunda o ambiente com uma textura incomum e padrões regulares de sombra e luz. Ao atingir o tapete, já colorido e trabalhado por sim, as nuances de luz e sombra ficam ainda mais vivas e transformam o ambiente num lugar sujeito a intensas mudanças visuais conforme o dia passa.

Por baixo da horizontalidade

Como dito antes existe uma permeabilidade extremamente interessante entre a frente e os fundos do terreno, fruto do espaço que se abre no pavimento térreo e integra a sala de estar ao belo jardim envolvido pelos muros da casa. Aqui a gênese da arquitetura de Márcio Kogan se revela e os clientes que o contrataram para esculpir sua moradia num terreno de 1000 metros quadrados encontram aquilo que tanto buscaram quando foram até o Studio MK27 atrás de uma solução para seus problemas. Eles encontraram mais do que uma solução: eles encontraram uma obra de arte em forma de residência.

Gostou desta casa linda? Leia mais neste artigo e continue a descobrir novos mundos da arquitetura. 

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