O projecto que hoje lhe trazemos representa um pouco o que com certeza muitos portugueses gostariam de fazer nas suas casas: uma recuperação.
Este projecto de reabilitação foi levado a cabo pela empresa AREA 7. Com sede na cidade de Santo Tirso, esta empresa formada no ano de 2001, é vocacionada para a realização dos mais variados tipos de projectos, desde a Arquitectura à Engenharia, passando também pelo Design de Interiores.
Uma das filosofias de trabalho deste atelier, é a abordagem personalizada e acompanhamento do projecto, desde a fase conceptual até à sua execução; assegurando a realização e coordenação de projectos nas mais variadas especialidades, bem como a obtenção de licenças de construção.
Vamos então, conhecer o projecto de reabilitação de uma moradia uni-familiar, que graças à intervenção dos arquitectos, ganhou uma nova vida!
A fachada da habitação, claramente restaurada, revela-nos que, apesar do seu aspecto jovem e rejuvenescido, esta é uma casa com vários anos de existência e com muitas histórias para contar. A sua cor azul, combina com o edifício imediatamente adjacente, lembrando as tonalidades do céu.
Pelo exterior é possível vermos os três pisos que constituem a habitação. Também nos apercebemos que o edifício não tem qualquer ligação com a rua e assim, a entrada é feita através de um moderno portão cinza escuro, que encaminha o habitante pelo jardim até à porta de entrada da habitação.
A atenção aos detalhes, foi um dos pontos fulcrais deste projecto. Admitimos a importância da preservação destes pormenores em granito, típico das zonas do interior / Norte do país.
A pedra trabalhada que emoldura as janelas pelo exterior, revela uma técnica antiga e tradicionalmente portuguesa que, tem todo o interesse em ser preservada, como exemplo e património arquitectónico tradicional da Arquitectura portuguesa.
Ao entrarmos na habitação, uma escadaria encaminha-nos para a área mais pública da casa. A zona de estar distingue-se por um grande cuidado nos acabamentos. No pavimento, um piso flutuante reflecte a luz que entra pelas janelas.
Este local assume um carácter de open space que se divide a partir de um elemento estrutural: um pilar. Este elemento acaba por fazer uma divisão, ainda que indirecta, entre a sala de estar e a sala de jantar.
A cozinha apresenta-se moderna, revelando um carisma contemporâneo na sua abordagem projectual.
No centro é possível identificarmos como a ilha de cozinha acaba por conformar o espaço em redor, definindo quase automaticamente, a sua organização espacial.
A ilha de cozinha funciona enquanto elemento mediador da relação entre o espaço de confecção e a zona de refeição. Simultaneamente, foi criada uma marquise, que não só soluciona questões funcionais, como também, ilumina toda a área de cozinha e refeição, mantendo, ao mesmo tempo, a privacidade deste espaço.
Apesar da entrada na habitação ser feita a partir de uma escadaria, não será essa a escada com um destaque mais relevante no projecto.
A escadaria principal é a que faz a ligação entre os pisos da habitação. Também esta foi reabilitada. O corrimão de madeira foi pintado de branco de modo a assumir uma expressão mais leve no ambiente.
Destacamos a beleza orgânica desta escadaria de madeira, bem como os seus detalhes em madeira cuidadosamente esculpida.
Ao chegarmos ao segundo piso da casa, é este o vislumbre fantástico que as escadas orgânicas oferecem. Uma perspectiva vertiginosa do enquadramento visual das escadas.
Terminamos este artigo com uma volta de 180º graus. Este é o espaço exterior de jardim/terraço onde os habitantes podem usufruir de fantásticos momentos ao ar livre. O facto deste jardim privilegiar o pavimento revestido, está relacionado com questões funcionais. Um pavimento deste tipo permite ''mobilar'' o espaço exterior, abrindo o leque de possibilidades e acções neste espaço exterior e coberto.
A presença da vegetação vem adicionar um toque natural à envolvente, ao mesmo tempo, sombreia toda esta área, tornando-a incrivelmente confortável e apetecível!